Vivre Sa Vie

"You have to give yourself to others and not only to yourself".

Para amantes de cinema - Scenario of Vivre Sa Vie - uma publicação de 1962.

"José e Pilar" - Semana de Homenagem a José Saramago

"Miguel Gonçalves Mendes mostra o José que havia em Saramago."

O documentário de Miguel Gonçalves Mendes é um forte candidato à nomeação aos Óscares e vai ser exibido em Nova Iorque, na Semana de Homenagem a José Saramago, que arrancou ontem.

Esta longa-metragem documental que tem vindo a dar visibilidade ao país, vai estar no MoMA - Museu de Arte Moderna. Um verdadeiro prestígio.

Para quem ainda não teve oportunidade de ver, recomendo vivamente que o faça.

"Tudo pode ser contado de outra maneira"! Ora vejam:

A Arte da Guerra

A exposição "A Arte da Guerra - Propaganda da II Guerra Mundial" está no Museu Colecção Berardo, no CCB.

Conta com mais de 200 cartazes originais, panfletos, filmes e outros suportes. Estas poderosas armas de guerra são agora analisadas como Arte.

A não perder!

Até 8 de Fevereiro de 2012.
2ª a 6ª + Domingo: 10h - 19h
Sábado: 10h - 22h

Cultura Pop - David LaChapelle

Foi com esta imagem que comecei a estudar o trabalho de David LaChapelle. Abençoada imagem!

Obviamente lançado pela mão inconfundível de Andy Warhol, o fotógrafo fez um percurso extraordinário, tendo chegado rapidamente a revistas como a Vogue, a Rolling Stone e a Vanity Fair. Depressa se tornou numa figura incontornável da Fotografia Contemporânea e começou a realizar videoclips e documentários.

David Lachapelle está nos mais prestigiados museus e galerias do mundo. Os seus cenários são uma imagem de marca e a composição e manipulação das fotografias... soberbas!

Conhecê-lo... é obrigatório.

Deixo uma entrevista interessante sobre o novo rumo que a sua obra levou.

Kill Bill Diary

"Somebody said to me somewhere in these travels that Quentin is like a great chef. He takes a big pile of ordinary things that you can find in anybody's garden, and out of them whips up a magnificent feast. Yes, he starts out with common ingredients, but the result is unique, and really tasty." __ David Carradine

... Porque nunca é demais elogiar o imaginário de QT.

Um Videoclip Poupado

Há ainda um videoclip que, pela natureza da sua astúcia, não pode deixar de ser mencionado; Imitation of Life, dos R.E.M. é um videoclip extremamente "poupado". Na verdade, dos pouco mais de 4 minutos que tem no total, possui apenas 17 segundos de video corrido; tudo o resto, são rewinds e fast forwards àqueles 17 segundos, com zoom in e zoom out, focalizando-se nas personagens que compôem o quadro. E no entanto, quem repara nisto? O trabalho de todas aquelas personagens está tão bem feito, que nos prendemos aos seus pedaços de histórias (e lábios que vão cantando a letra da música), sem nunca reparar que aquilo que estamos a ver está a acontecer tudo em simultâneo, excepto aos nossos olhos.

Ora, vejamos:

Contágio: Um Caso de Distanciamento

"Nada se espalha como o medo" é o mote para o mais recente filme de Steven Soderbergh. Ao contrário do que estamos habituados a ver, este thriller preocupa-se com o processo anterior à desordem.

Um vírus mortal desconhecido espalha-se a um ritmo alucinante. O número de infectados depressa se torna alarmante. A Humanidade entra em caos absoluto. Passam-se dias até que médicos e Organizações se apercebam da gravidade da situação. Inicia-se o processo de identificação do vírus para que se possa encontrar uma cura. O pânico toma conta do mundo.

Scott Z. Burns, o argumentista, divide as reacções do mundo entre o cidadão comum, os médicos e administrativos das Organizações de Saúde e os media. Há um jogo de equilíbrio e um balanço das diferentes formas de encarar um problema desta envergadura.

Mas a visão de Soderbergh é alarmista e desapaixonada. O seu olhar é distante. Os únicos planos pormenor servem todos o mesmo propósito - mostrar as diferentes formas de contágio. As mãos que tocam em pessoas e objectos, o suor nos rostos, a tosse seca, os olhos vermelhos e dilatados. Para um tema delicado como este (afinal, há a possibilidade da raça humana terminar precisamente desta forma), são passados muito poucos sentimentos, não há grandes emoções. Uma visão fria, um olhar clínico.

O elenco, está à vista, é soberbo. O filme, como me disseram, é pouco recomendado a hipocondríacos ou a obessivo-compulsivos.

O Fim do Analógico

Depois de 123 anos de reinado, foi anunciada a descontinuidade das câmaras de filmar analógicas. Embora ainda circulem e ainda se filme em analógico, o digital acabou por vencer esta batalha.

Não restam dúvidas quanto às inúmeras vantagens do digital, ou sequer à qualidade de imagem. No entanto, fica uma enorme nostalgia e um legado eterno.

Deixo um artigo imperdível, por Debra Kaufman.

HBO e o Poder da Imagem: Mildred Pierce

A adaptação do romance de James M. Cain, que já tinha chegado ao cinema em 1945, chega agora à televisão, em mais uma soberba mini-série da HBO.

Com um elenco de luxo que conta com nomes como Kate Winslet, Guy Pearce, Evan Rachel Wood e Melissa Leo, Mildred Pierce deixa imperar a melancolia de forma soberba. Tudo é ditado pela relação nada saudável entre mãe e filha. A força das imagens faz-nos apaixonar, ter compaixão e desesperar. E o retrato dos Anos 30 justifica na perfeição a escolha da história sobre uma self made woman.

As interpretações são de cortar a respiração. Os 2 Emmys foram absolutamente merecidos.

E para abrir o apetite...