quarta-feira, novembro 23

A Academia Portuguesa de Cinema



João Nunes é guionista, realizador e publicitário, autor associado das Produções Fictícias e presidente da APAD (Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos).
Os seus trabalhos contam com títulos como "Assalto ao Santa Maria", "Um Tiro no Escuro", "A Selva", "Liberdade 21" ou "Inspector Max".

É também membro fundador da nova Academia Portuguesa de Cinema, sobre a qual se disponibilizou para me responder a algumas perguntas:




Como nasceu a Academia?

A Academia Portuguesa de Cinema é um velho sonho de muitos profissionais do cinema, que já passou por muitas fases. Recordo-me de estar envolvido em algumas reuniões preliminares há cerca de dez anos, a convite do Paulo Trancoso.
E foi precisamente o Paulo Trancoso que, com a sua persistência e tenacidade, manteve aceso o sonho de criar a Academia e lhe deu um empurrão definitivo, reunindo uma equipa que, no último ano, conseguiu finalmente levar o projeto a bom porto.
É por isso que vi com muita satisfação a sua eleição para primeiro Presidente da Academia, uma distinção que ele merece mais do que ninguém, e que prestigia a Academia e todos os seus membros.

Quais os seus objectivos?

Em traços muito gerais, o objetivo da Academia é, como se pode ler nos seus estatutos, "promover nacional e internacionalmente o cinema português". Os estatutos completos podem ser consultados em http://academiadecinema.com/academia/estatutos/. Uma leitura rápida mostra que essa promoção será feita essencialmente através do desenvolvimento técnico e artístico do cinema português, da valorização dos profissionais, do relacionamento com outras instituições, e da atribuição de prémios.
Este último aspecto terá, naturalmente, uma visibilidade e impacto muito grandes. Os prémios da Academia, que ainda não têm um nome definitivo, serão os mais valorizados, pois representam o reconhecimento do valor do trabalho dos profissionais de cinema feito pelos seus próprios pares. Não é por acaso que os prémios das várias academias são sempre os mais esperados em cada mercado.

Poderá a Academia mudar o panorâma do cinema nacional?

Fazer cinema é um ato de amor e dedicação, e todos gostaríamos que os nossos filmes chegassem a mais pessoas. Se a Academia conseguir contribuir para que o público português se aproxime mais dos seus cineastas e criadores, e aprecie melhor o enorme esforço que cada filme representa, já terá um impacto muito grande no nosso trabalho.


João Nunes tem um Blog imperdível para os mais interessados na área. 
Deixo o link para que possam visitá-lo.

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